Biografia do Chiclete com Banana

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30/07/2009

Eu não poderia deixar de comentar sobre esse belo trabalho gráfico realizado sob a coordenação de Cláudia Giudice, da Revista Contigo, um produto da Editora Abril.

Eu disse um belo trabalho gráfico porque foi o que vi de quase perfeito nessa coletânea de fatos dos chicleteiros, fora a capa, muito grossa e em cartão quebrável – deveriam ter usado um couchet de 230g, plastificado ou com verniz UV.

Em uma rápida visita às páginas do livro do Chiclete, percebi muita coisa truncada como datas, nomes, ausência de personagens importantes com mais profundidade. Se esse livro pode ser chamado de “Biografia da Banda Chiclete com Banana”, não poderia faltar a página do Cacik Jonny, nem uma referência ao ex-empresário Boca. A produtora foi muito infeliz em omitir esses dois personagens. Faltou também a página de Missinho, muito bem lembrado nas falas de Bell, mesmo que com tom melancólico. Mas história é história, deve ser contada como aconteceu de verdade, e não se omitir o que não se quer mostrar ou lembrar.

Se um dia eu for escrever minha autobiografia, sim, porque ninguém terá esse direito dado por mim, falarei tudo, até os podres, se é que eu posso dizer que os tenho. Biografia quer dizer história, e história é a realidade dos acontecimentos, goste quem gostar, doa a quem doer. 

Mas também não podemos meter o cacete nesse trabalho da Editora Abril, até porque leva muito dessa que ao meu ver, é a maior banda musical brasileira, é um Corinthians, um Bahia, uma religião, mesmo que seus jogadores não sejam os melhores craques individualmente, mas seu conjunto, ainda hoje, é imbatível.

Chiclete com Banana é emoção, é festa, é energia! Em todos os eventos que vi esse conjunto tocar jamais ouvi queixa, e olhe que isso foi em todo o Brasil e até no exterior. Uma unanimidade que, acho, só eles conseguiram na música baiana. Seu potencial, profissionalismo e idoneidade é impar nesta terra de Todos os Santos. Para eles amigos são amigos, trabalho é trabalho. Isso não se mistura jamais – que o diga Wilson Marques, o sócio e engenheiro de som da banda. Quando ele está em ação, minha nossa, sai de baixo que o bicho pega. E é exatamente por isso, por essa seriedade que ele, por exemplo, é considerado pela crítica como o melhor em sua categoria – estou falando em matéria de som e não em criação de gado de qualidade (risos).

Em suma, esse produto abre espaço para outros interessados em mostrar, eu diria, quase tudo de sua vida profissional. Contém muitas fotografias antigas – pena que não fomos consultados, teríamos muita coisa e belas fotos a acrescentar – seus personagens falam muito bem de suas passagens, mas, poupem-me, o capítulo das galinhas, nada a ver com Chiclete com Banana. Não digo as homenagens aos nomes, e sim a história como um todo. Perderam-se ao tentar biografar os componentes em mistura com a banda. Esqueceram-se de muita coisa, por exemplo, das andanças pelos carnavais da vida: cadê o Beach Folia realizado na Flórida, EUA, na areia da praia? Isso jamais poderia faltar em uma biografia completa. Mas o que deve ter havido mesmo, foi terem trazido santos de fora. Acredito que alguns santos de casa, dessa vez fariam milagres. Que pecado!

Concluindo, acredito que hoje a Banda Chiclete com Banana seja uma das poucas no Brasil, merecedora de uma BIOGRAFIA, portanto, salvo os desagrados porque nem tudo é perfeito ou agrada a gregos e troianos, os seus componentes Wilson Marques, Bell, Wadinho, Rey, Valtinho, Deny e agora Lelo e toda a sua equipe então de parabéns pelo trabalho que fazem, e pela a alegria que proporcionam aos milhões de chicleteiros espalhados pelo mundo afora. 

 

EM TEMPO

Viviane Nonato

Ironia do destino o lançamento da biografia do Chiclete com Banana foi feita um dia depois do aniversário de Cacik Jonny (28/07/1964), ele é o mais novo de todos, detalhe para ser contado por quem sabe mesmo da história. Falando em história não foi somente a biografia de Chiclete que estava nas mãos dos presentes nas poses para foto, a nossa Revista EXCLUSIVA estava lá também nas mãos de muita gente interessante.  Ao Chiclete com Banana parabéns pela carreira, o sucesso e a força que tem – marca registrada do Carnaval de Salvador e presente no Brasil e no mundo. O Iguatemi ficou cheio.

Veja mais fotos na edição impressa da Revista Exclusiva.

 

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