Stock Car retorna em grande estilo a Londrina com vitórias de Felipe Fraga e Rubens Barrichello

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27/09/2016

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Rodada dupla deste domingo (24) mostrou exatamente as vantagens que trazem a juventude e a experiência em corridas extremamente disputadas

A Stock Car retornou a Londrina (PR), onde correu pela última vez em 2012, em grande estilo. As duas corridas da rodada dupla, disputadas neste domingo (25), proporcionaram ao público presente – e também a quem acompanhou pela televisão – disputas de altíssimo gabarito e uma mescla perfeita do que podem fazer a juventude e a experiência. Prova disso foram as vitórias conquistadas por Felipe Fraga, 21 anos e líder do campeonato, e por Rubens Barrichello, 44 anos e agora vice-líder da competição.Na primeira corrida, a mais longa, com 45 minutos mais uma volta, prevaleceu o pé pesado e a fase iluminada de Fraga. O piloto da Cimed Racing, que venceu há duas semanas a Corrida do Milhão em Interlagos, faturou mais uma e, naquele momento, abriu mais 30 pontos de distância na liderança do campeonato e agora alimenta 39 de vantagem depois de ter terminado a prova complementar na 12ª posição.

Na segunda, de 30 minutos mais uma volta, a experiência, senso estratégico, leitura de corrida e tocada precisa de Rubens Barrichello lhe garantiram a segunda vitória na temporada – graças, em parte, às intervenções do safety car, que permitiram ao piloto da Medley Full Time economizar combustível e completar as duas provas sem ter precisado reabastecer, e ainda subir no degrau mais alto do pódio.

Primeira corrida – Largando em terceiro, Felipe Fraga tinha um objetivo: alcançar o primeiro lugar. Ele fez isso depois de trocar de posições algumas vezes com Cacá Bueno, o segundo, mas após se desvencilhar partiu para o ataque sobre o pole position Max Wilson. Depois de passar, abriu distância para não ser mais incomodado e somar mais 30 pontos à sua liderança na competição.

Para quem recém conquistou um milhão de reais, uma fase iluminada resumida por uma frase bem comum entre os jovens. “Tá top”, cravou. “A gente conseguiu fazer uma estratégia diferente com o push, e eu conseguia usar a cada uma volta e meia em vez de esperar duas. Com isso a gente conseguiu se livrar logo no começo e estou muito feliz. Foi irado. São 30 pontos a mais na conta e esse era o nosso objetivo”, afirmou o piloto da Cimed Racing.

Cacá, por sua vez, foi perdendo postos ao ser ultrapassado por Valdeno Brito, Ricardo Maurício, Marcos Gomes, Sérgio Jimenez e Rubens Barrichello, terminando em sétimo. Max seguia na segunda posição quando Valdeno, Ricardinho e Gomes começaram a se aproximar. No final, parecia que o campeão de 2010 manteria o posto, mas um pneu furado na penúltima volta enterrou suas chances de conquistar pontos importantes que o mantivessem na vice-liderança do campeonato.

Assim, o paraibano Valdeno Brito, que há 10 anos vive em Londrina, fez a festa da torcida local e da equipe TMG Racing ao conquistar a segunda posição. Ele era um dos mais felizes com o fim do hiato de quatro anos sem corridas da Stock Car nos 3.055 metros do Autódromo Ayrton Senna. “Deu tudo certo. O retorno a esta pista valeu muito a pena pelo esforço de todos os envolvidos para que a Stock Car voltasse a Londrina. Espero que agora continue por mais vários anos: é bom para a cidade, para a categoria, todos os pilotos gostam, e fico muito feliz com a prova”, disse Valdeno, que não teve vida fácil na parte final da prova.

“Foi bem difícil a corrida, ali segurando o Ricardinho, e no final com o carro faltando um pouco de tração, ficando traseiro, mas graças a Deus depois de muitas situações complicadas, traseiradas e vezes em que quase me vi rodando, Deus abençoou e consegui conquistar este segundo lugar. Andar ali na frente não foi fácil”, concluiu. À Eurofarma-RC restou o prêmio de consolação com o terceiro lugar de Ricardo Maurício.

Marcos Gomes, Sérgio Jimenez, Rubens Barrichello, Cacá Bueno, Diego Nunes, Raphael Abbate e Nestor Girolami fecharam os dez primeiros que largariam de forma invertida na segunda corrida. Ali, as estratégias para a prova mais curta seriam os diferenciais.

Segunda corrida – Teoricamente, os dez primeiros do grid, que não fizeram seus pits stops na primeira prova, teriam de parar na segunda pela necessidade de combustível para completar os 30 minutos mais uma volta de corrida. Assim, aparecia bem nas apostas o grupo logo atrás formado por Allam Khodair, Átila Abreu e Thiago Camilo, os mais bem colocados entre os pilotos que pararam e abasteceram.

O argentino Nestor Girolami largou na frente e conseguiu se manter na liderança por algumas voltas. Largando em quinto e mesmo levando uma ‘esfregada’ que prejudicou a lateral traseira esquerda de seu carro, Rubens Barrichello foi galgando posições. Na segunda volta, o carro de segurança entrou na pista para que o carro de Lucas Foresti fosse retirado para local seguro. Isso possibilitou que vários pilotos fossem aos boxes para o abastecimento.

Para Barrichello, a oportunidade era outra: economizar combustível ao máximo. A corrida seguiu e Rubinho passou a receber a ameaça do companheiro de equipe Allam Khodair, com o tanque mais cheio. Mas logo formou-se o grupo dos pilotos que haviam parado na primeira prova e a disputa foi intensa entre Khodair, Átila Abreu, Thiago Camilo e Vitor Genz, que também chegou à contenda.

As brigas e trocas de posição possibilitaram a Barrichello respirar um pouco na liderança. Quando o safety car teve de intervir novamente, depois que o carro de Rafael Suzuki rodou na pista, o campeão de 2014 tinha dois pensamentos: a vantagem construída havia se esvaído; por outro lado, era mais uma oportunidade de economizar combustível e completar a prova sem ter de abastecer, aumentando, assim, suas chances de vitória.

O quarteto formado por Khodair, Abreu, Camilo e Genz seguiu lutando entre si, e possibilitou novamente que Barrichello abrisse uma pequena distância a pouco mais de três minutos para o final.

Átila conseguiu passar Khodair para assumir o segundo lugar, e na reta de chegada Vitor Genz surpreendeu Thiago Camilo ao conquistar o terceiro posto a metros da bandeirada, garantindo o primeiro pódio de um piloto gaúcho na Stock Car em 22 anos – a última vez havia sido em 1994 com João Campos na abertura daquela temporada em Goiânia, também com um terceiro lugar.

Para Barrichello, mais uma vitória da experiência, embora com altíssimas doses de tensão. “Foi muito no desespero. Com certeza, a equipe Full Time, o Mauricio e as entradas do safety car – isso a gente não pode negar, senão não conseguiria o resultado -, além de ter economizado na primeira corrida tanto pneus, push e gasolina maximizaram as nossas chances. Mas vou te falar: a última volta foi uma das quais eu senti mais medo na minha carreira”, admitiu.

“É aquela lei da atração, que você não quer chamar uma coisa ruim, mas fica esperando que o carro vá dar uma falhada; eu até usei um último push na chegada porque se eu estivesse mais rápido pelo menos eu passava pela bandeirada. Foi uma glória”, afirmou Rubinho que, apesar da bagagem, correu pela primeira vez em Londrina. “Eu realmente agradeço a Londrina de coração por todo o carinho que me foi dado, e volto para São Paulo com o dever cumprido. Foi minha primeira vez em Londrina, adorei e estamos lutando pelo campeonato, o que é importante”, concluiu o novo vice-líder da competição, 38 pontos atrás de Felipe Fraga.

Na opinião de Átila Abreu, o segundo lugar teve gosto de vitória depois da temporada difícil que o sorocabano vinha enfrentando. “Este ano tem sido bem complicado para nós. Quando vim para a Shell Racing eu gerei uma expectativa muito grande por um time que sempre se destacou por bons resultados. A gente começou o ano com um pódio discreto no Velopark, pontuando, em terceiro no campeonato, e nas corridas seguintes a coisa desandou. Zeramos em duas, isso trouxe muito problema internamente, porque quando as expectativas não se materializam é normal haver um questionamento. Vinha sendo um ano frustrante. Viemos para Londrina com uma postura diferente. Conversamos muito, trabalhamos por um carro mais competitivo”, explicou.

“Fizemos uma estratégia pela manhã, mas a opção me incomodava um pouco, porque eu queria tentar um algo a mais, estava precisando de um bom resultado. Chamei o Rodolpho (Mattheis), meu chefe de equipe, para uma conversa particular e expus meu ponto de vista e por incrível que pareça ele também achava a mesma coisa. Mudamos a estratégia pouco antes da largada. Fomos os primeiros a parar. Foi arriscado, mas se mostrou a tática mais acertada. O carro evoluiu muito, eu pude acompanhar os ponteiros e entre os carros que abasteceram na primeira prova eu fui o segundo. Depois consegui me posicionar bem na briga com o Thiago – e quase fomos parar os dois dentro do kartódromo. Junto da equipe estou contente com o resultado, com a volta por cima. Fizemos uma corrida digna do nosso potencial, da nossa performance, e tenho certeza que as disputas levantaram o público nas arquibancadas. Isso é corrida, isso é Stock Car. Estar competitivo me deixa animado para as próximas quatro etapas”, prolongou-se o piloto da Shell Racing, em sua primeira temporada com a equipe.

Vitor Genz era o mais emocionado entre os três do pódio na segunda prova. Foi seu primeiro top-3 na Stock Car e o primeiro de um piloto gaúcho desde 1994. “A gente largou mais de trás e nos preparamos para essa segunda corrida. Acho que consegui fazer uma prova muito boa. Meu chefe de equipe, o Carlos Alves, sempre diz para eu ser bem agressivo. Eu vi a oportunidade e consegui a duas curvas do final caçar este pódio. Estou muito feliz, dedico isso à minha namorada, meu pai, minha família e minha equipe”, declarou.

A Stock Car volta a se reunir dentro de três semanas para a nona etapa da temporada, em rodada dupla a ser disputada no dia 16 de outubro no Autódromo Internacional de Curitiba, na cidade de Pinhais, região metropolitana da capital paranaense.

Corrida 1 (45min + 1 volta)*:
1-) 88 Felipe Fraga (Cimed Racing) – 36 voltas em 46min18s116 (média de 142,5km/h)
2-) 77 Valdeno Brito (TMG Racing) – a 1s995
3-) 90 Ricardo Mauricio (Eurofarma RC) – a 2s824
4-) 80 Marcos Gomes (Cimed Racing) – a 3s604
5-) 73 Sergio Jimenez (Cavaleiro Sports) – a 15s511
6-) 111 Rubens Barrichello (Full Time Sports) – a 18s953
7-) 0 Cacá Bueno (Red Bull Racing) – a 22s119
😎 70 Diego Nunes (União Química Racing) – a 23s609
9-) 26 Raphael Abbate (Hot Car Competições) – a 34s083
10-) 63 Nestor Girolami (Eisenbahn Racing Team) – a 40s006
11-) 28 Galid Osman (Ipiranga-RCM) – a 41s092
12-) 74 Popó Bueno (Cavaleiro Sports) – a 41s763
13-) 18 Allam Khodair (Full Time Sports) – a 52s238
14-) 51 Átila Abreu (Shell Racing) – a 53s733
15-) 21 Thiago Camilo (Ipiranga-RCM) – a 55s096
16-) 25 Tuka Rocha (RZ Motorsport) – 1min06s063
17-) 9 Guga Lima (TMG Racing) – a 1min07s185
18-) 56 Danilo Dirani (RZ Motorsport) – a 1min12s126
19-) 110 Felipe Lapenna (Hot Car Competições) – a 1 volta
20-) 29 Daniel Serra (Red Bull Racing) – a 1 volta
21-) 3 Bia Figueiredo (União Química Racing) – a 2 voltas
22-) 65 Max Wilson (Eurofarma RC) – a 3 voltas
23-) 5 Denis Navarro (Vogel Motorsport) – a 9 voltas
NÃO COMPLETARAM
24-) 46 Vitor Genz (Eisenbahn Racing Team) – a 12 voltas
25-) 83 Gabriel Casagrande (C2 Axalta Racing) – a 23 voltas
26-) 12 Lucas Foresti (Full Time-ProGP) – a 28 voltas
27-) 10 Ricardo Zonta (Shell Racing) – a 30 voltas
28-) 4 Julio Campos (C2 Axalta Racing) – a 31 voltas
29-) 8 Rafael Suzuki (Vogel Motorsport) – a 35 voltas
MELHOR VOLTA: Marcos Gomes, 1min12s290 (142,5 km/h)
*Resultados sujeitos a verificações técnicas e desportivas

Corrida 2* (30min + 1 volta):
1-) 111 Rubens Barrichello (Full Time) – 22 voltas em 31min33s899 (média de 127,7 km/h)
2-) 51 Átila Abreu (Shell Racing) – a 1s762
3-) 46 Vitor Genz (Eisenbahn Racing Team) – a 2s192
4-) 21 Thiago Camilo (Ipiranga-RCM) – a 2s693
5-) 10 Ricardo Zonta (Shell Racing) – a 2s797
6-) 18 Allam Khodair (Full Time Sports) – a 3s187
7-) 5 Denis Navarro (Vogel Motorsport) – a 4s779
😎 90 Ricardo Mauricio (Eurofarma RC) – a 7s566
9-) 65 Max Wilson (Eurofarma RC) – a 9s702
10-) 80 Marcos Gomes (Cimed Racing) – a 9s778
11-) 70 Diego Nunes (União Química Racing) – a 10s143
12-) 88 Felipe Fraga (Cimed Racing) – a 10s814
13-) 73 Sergio Jimenez (Cavaleiro Sports) – a 11s471
14-) 77 Valdeno Brito (TMG Racing) – a 11s639
15-) 0 Cacá Bueno (Red Bull Racing) – a 11s673
16-) 25 Tuka Rocha (RZ Motorsport) – a 12s544
17-) 3 Bia Figueiredo (União Química Racing) – a 25s066 (punida)
18-) 26 Raphael Abbate (Hot Car Competições) – a 5 voltas
NÃO COMPLETARAM
19-) 9 Guga Lima (TMG Racing) – a 8 voltas
20-) 8 Rafael Suzuki (Vogel Motorsport) – a 9 voltas
21-) 28 Galid Osman (Ipiranga-RCM) – a 10 voltas
22-) 63 Nestor Girolami (Eisenbahn Racing Team) – a 12 voltas
23-) 56 Danilo Dirani (RZ Motorsport) – a 14 voltas
24-) 110 Felipe Lapenna (Hot Car Competições) – a 14 voltas
25-) 74 Popó Bueno (Cavaleiro Sports) – a 15 voltas
26-) 29 Daniel Serra (Red Bull Racing) – a 17 voltas
27-) 4 Julio Campos (C2 Axalta Racing) – a 20 voltas
28-) 12 Lucas Foresti (Full Time-ProGP) – a 21 voltas
29-) 83 Gabriel Casagrande (C2 Axalta Racing) – a 20 voltas (excluído)
MELHOR VOLTA: Max Wilson, 1min13s137 (150,3 km/h)
*Resultados sujeitos a verificações técnicas e desportivas

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO:
1-) Felipe Fraga – 196 pontos
2-) Rubens Barrichello – 157
3-) Valdeno Brito – 148
4-) Marcos Gomes – 137
5-) Diego Nunes – 136
6-) Cacá Bueno – 128
7-) Cacá Bueno – 122
😎 Daniel Serra – 118
9-) Allam Khodair – 112
10-) Vitor Genz – 110
11-) Ricardo Mauricio – 110
12-) Átila Abreu – 109
13-) Ricardo Zonta – 98
14-) Sergio Jimenez – 89
15-) Thiago Camilo – 84
16-) Galid Osman – 83
17-) Julio Campos – 72
18-) Gabriel Casagrande – 61
19-) Rafale Suzuki – 51
20-) Denis Navarro – 56
21-) Felipe Guimarães – 51
22-) Raphael Abbate – 50
23-) Guga Lima – 49
24-) Popó Bueno – 46
25-) Bia Figueiredo – 41
26-) Nestor Girolami – 40
27-) Felipe Lapenna – 39
28-) Lucas Foresti – 34
29-) Danilo Dirani – 24
30-) Luciano Burti – 11
31-) Fabio Carbone – 8
32-) Tuka Rocha – 2
33-) Alceu Feldmann – 0
34-) Thiago Marques – 0
35-) Beto Cavaleiro – 0
36-) Cezar Ramos – 0

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