Carnaval de Salvador: chuva, suor, orgia e folia

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13/02/2018

Chegamos ao último dia do Carnaval de Salvador 2018. Os números superam os dos anos anteriores em organização, atrações, ações sociais, segurança, assistência da saúde; baixam na violência de agressão física, mas aumentam e muito em furtos e roubos e, sobretudo, na orgia e apelação ao direito a liberdade da opção sexual.

O Carnaval de Salvador que ainda é o maior do mundo, também se tornou no mais libidinoso do planeta: nenhum outro lugar na história da humanidade superou a primeira capital do Brasil em orgia a céu aberto, nem Sodoma e Gomorra juntas chegaram perto. Um absurdo o que pessoas do sexo masculino têm feito nas ruas da capital baiana. Falar e recriminar tais barbaridades, é homofobia? O povo tem obrigação de aturar tanta falta de respeito e pudor em via pública, na frente das crianças, mulheres, idosos ou até mesmo de homens que não gostariam de ver cenas de pessoas do sexo masculino se beijando entre sim, com dois, três e até quatro de uma só vez? Somos obrigados a ver e a aturar pessoas do sexo masculino com as genitais expostas e até mesmo fazendo sexo oral em via pública?  Precisamos dar um basta nesse tipo de situação em nossa cidade. O poder público precisa tomar uma atitude drástica para coibir tais práticas. Em Salvador é Carnaval e não um bacanal.

Aliado ao atentado ao pudor vem as drogas que são consumidas sem o menor receio da repressão policial: cocaína, crack, maconha, lança perfume, todo tipo de drogas e entorpecentes são consumidos e vendidos em pleno corredor da folia sem absolutamente nenhum impedimento. Onde isso vai chegar? Certamente no esvaziamento da área, no término do carnaval nesse espaço.

Há muito tempo vimos alertando para o aumento desses acontecimentos, o que já é uma realidade e o poder público não se ligou. Agora alertamos para que tomem uma atitude contundente nos próximos anos para coibir de forma significante as práticas do consumo de drogas bem como a libidinagem a céu aberto, em praça pública, nas vias, ruas e avenidas. A cidade é nossa, é do povo, é de todos e não apenas de pessoas sem pudor, sem medo, sem ética, sem moral, sem vergonha. Vale ressaltar que visualmente nota-se que a maioria ou quase que sua totalidade que encenam atos libidinosos berrantes no Circuito Barra/Ondina são turistas do sexo que vêm a Salvador com o intuito exclusivo de botar para fora a sua sexualidade animal por ser aqui um “espaço neutro” e um “campo aberto”: aqui é a “casa de Noca”, onde se pode tudo, pensam eles.

Como coibir isso? Da mesma forma que coíbem as torcidas organizadas nos estádios de futebol. Proibir tais “torcidas do sexo explícito” a se reunirem e frequentarem blocos carnavalescos já tradicionais como blocos gays. Sim, porque ser gay não precisa ser desrespeitoso, animal, agressivo, vulgar. Ser homossexual é uma opção que cabe a cada indivíduo, seja do sexo masculino ou feminino, e isso deve e precisa ser respeitado, e será. Porém isso não dá a prerrogativa da exposição de sua preferência com atos vulgares de sexo explícito em via pública, o que, alias, também não deve ser permitido e tolerado por pessoas heterossexuais, que também estão fazendo e muito.

O Carnaval

Fora as questões da libidinagem e violência ao pudor, o Carnaval de Salvador é pura festa, é grande, é o total. Aqui o povo brinca literalmente sem dinheiro. Onde se vá, onde se anda há uma grande atração gratuita: bairros, avenidas, praças; são diversos circuitos carnavalescos entre eles os principais que são o Circuito Osmar, o do Centro da Cidade; o Dodô, que corresponde ao trecho da Barra a Ondina e o Batatinha, do Centro Histórico da capital.

Nos dias anteriores a festa foi total no Circuito Osmar com grandes atrações que garantiram a alegria do povão que brinca como pipoca. Poucos foram os blocos que ainda insistem em desfilar com cordas e seguranças, entre eles o maior de todos que são “As Muquiranas”, uma atração tradicional e a mais esperada do circuito.

 

 

 

 

 

O vereador da capital Igor Kannário, como sempre, trouxe uma multidão atrás do seu trio; outro que foi uma atração aguardada, sobretudo pela curiosidade do público, foi a cantor Denny Denam, ex-Timbalada, que entrou na avenida pela primeira vez em carreira solo, trajando um terninho prata, descaracterizando as suas participações de todos os anos anteriores, quando desfilava pintado de timbaleiro.

Sarajane voltou a mandar abrir a rodinha como antes: atravessou o corredor da folia “brocando” como uma verdadeira puxadora de trio que sempre foi. Detalhe: renovadíssima no visual, parecendo a jovem Sarajane dos anos 1980. Márcio Victor apostou na “Polpa da Bunda” e botou a galera do Campo Grande, inclusive o prefeito ACM Neto pra requebrar e que também cantava: “tô nem ai, tô afim de olhar, olha a polpa da bunda, olha a polpa da bunda”.

Outras atrações que movimentaram o Carnaval do Centro da Cidade foram Cláudia Leitte, que levou sua beleza e simpatia cantando sua aposta para a música do Carnaval em parceria com o cantor Pitbull; Ricardo Chaves, o melhor dos melhores tradicionais puxadores de trio relembrando seus grandes sucessos; Saulo Fernandes, uma atração popular eleito pelo povo como “a simpatia” do Carnaval da Bahia, que também cantou seus grandes sucessos; e o melhor cantor sertanejo da Bahia, Daniel Vieira, “o gordinho mais bonito de Salvador”, participou da festa do Centro da Cidade com estilo e emoção: nasceu seu filho mais novo e a emoção tomou conta do cantor. O “gigante” Léo Santana botou várias novinhas para descer ao som do seu pagode;

No percurso atravessou a Mudança do Garcia, debaixo de chuva, mas que deu o seu recado, o Bloco da Saudade, a Banda Didá composta por mulheres percussionistas, a Banda La Fúria e Duas Medidas, o baianíssimo Magary Lord; o Bloco Ilê Aiyê, o mais tradicional dos afros; o projeto Pranchão Alavontê figura na programação; a cantora Daniela Mercury arrancou aplauso com seu Banzeiro; Attooxxa, É o Tchan e Edu Casanova abrilhantaram a festa no penúltimo dia do Carnaval do Centro da Cidade.

Carnaval da Barra

Orgia, muita orgia e paradas na frente de camarotes e emissoras de TV para fazer o lobby.

Outro abuso que já deveria ter sido coibido há muitos anos são as paradas dos trios elétricos na frente dos camarotes, sobretudo nos das emissoras de TVs que usam o tempo de acordo com suas pautas e espaços nas redes para levarem ao vivo em busca de audiência, os artistas que por ali estão passando. Há quem fique até meia hora esperando uma oportunidade para fazer uma pontinha em rede nacional, prejudicando todos os demais que atrás estão, causando prejuízos e transtornos as entidades e foliões que planejam seus desfiles de acordo com os horários preestabelecidos nas programações divulgadas. Essa prática deve ser extinta com a aplicação de pesadas multas que deveriam ser pagas imediatamente, no local, sob pena da suspensão da continuidade do desfile.


      

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