20 ANOS DE BOTOX®

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15/09/2009

 

A aplicação da Toxina Botulínica tipo A, o famoso BOTOX® (nome da marca produzida pela Allergan), ficou famosa no mundo todo por seu uso cosmético, no tratamento das rugas de expressão, e é, hoje, o procedimento estético não-cirúrgico mais realizado no mundo. 

 

O que muitos ainda não sabem é que o BOTOX® foi criado há mais de 20 anos para fins terapêuticos e já beneficiou milhões de pessoas, entre elas crianças com paralisia cerebral, pessoas que sofreram derrame (Acidente Vascular Cerebral – AVC), que têm incontinência urinária, entre outras enfermidades.

 

O uso da toxina botulínica tipo A na medicina foi aprovado pela primeira vez no mundo em 1989 (pelo FDA, nos Estados Unidos), como uma alternativa não-cirúrgica para tratar o estrabismo. Desde então, o medicamento foi aprovado em 80 países para 21 indicações diferentes.

 

No Brasil, o BOTOX® chegou em 1992, quando foi autorizado pela ANVISA para o tratamento de estrabismo e distonia. Hoje já são oito indicações aprovadas no País:

 

  • Distonia: provoca contrações involuntárias da musculatura em diversas regiões do corpo – como pescoço, por exemplo – comumente confundida com tique nervoso. 
  • Estrabismo: desalinhamento dos olhos causado por um desequilíbrio dos músculos que agem sobre o globo ocular.
  • Blefaroespasmo: contrações involuntárias do músculo que controla as pálpebras, fazendo com que o paciente pisque incontrolavelmente. 
  • Espasmo hemifacial: contrações involuntárias dos músculos da face.
  • Rugas de expressão.
  • Espasticidade: rigidez excessiva da musculatura – de braços e pernas principalmente – que afeta a mobilidade dos pacientes. É uma sequela comum em pessoas vítimas de AVC, paralisia cerebral, lesões medulares, esclerose múltipla e outras patologias ligadas ao sistema nervoso central. 
  • Hiperidrose: suor excessivo nos pés, mãos e axilas.
  • Síndrome da Bexiga Hiperativa: contrações involuntárias do músculo da bexiga, que causam vontade urgente e excessiva de urinar.

 

Como age a toxina

A Toxina Botulínica tipo A é aplicada diretamente no músculo, promovendo seu relaxamento temporário, o que minimiza contrações involuntárias e a rigidez excessiva. No caso da hiperidrose, a substância é aplicada nas glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor.

 

“A toxina não trata as causas das doenças, mas atenua os sintomas e sequelas e, especialmente, ajuda os pacientes a recuperar a qualidade de vida”, ressalta o Dr. Ailton Melo, neurologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em geral, as doenças que podem ser tratadas com BOTOX® comprometem significativamente o bem estar dos pacientes. No caso do blefaroespasmo, as piscadas constantes comprometem muito a visão; a espasticidade restringe atividades simples do dia-a-dia, como vestir-se, comer, andar, e a bexiga hiperativa e a hiperidrose afetam a auto-estima das pessoas, causam restrições sociais e podem, inclusive, levar à depressão. 

 

O tratamento terapêutico com a toxina botulínica é disponibilizado pelo SUS (Sistema Público de Saúde) em hospitais de todo o país e o medicamento é reembolsado pelos planos de saúde (contratos de acordo com a Lei 9656/98).   

 

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