Nove questões que as mulheres têm vergonha de perguntar sobre sexo

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04/06/2020

Técnica em relacionamento e especialista em sexualidade, Cátia Damasceno responde perguntas que muitas mulheres não têm coragem de fazer.

Sexo ainda é um assunto tabu. Fisioterapeuta com especialização em Uroginecologia, coach de relacionamento e criadora do programa Mulheres Bem Resolvidas, Cátia Damasceno explica que é justamente por isso que têm muitas perguntas que ficam sem respostas. “Mesmo as mulheres mais resolvidas acabam sentindo vergonha de perguntar algumas coisas”, destaca. Mas chegou a hora de acabar com isso.

Cátia responde 9 perguntas importantes:

1-Qual o método contraceptivo mais adequado: pílula, injeção, adesivo ou anel vaginal?

Cátia conta que este tipo de dúvida ainda é bastante comum. A resposta é que não existe uma melhor forma de evitar a gravidez. “Cada mulher se adapta aos tipos diferentes de métodos contraceptivos, e cada um deles têm vantagens e desvantagens”, explica. A injeção, por exemplo, tem a vantagem de durar por um período maior, mas pode provocar inchaço. Já o método de adesivo pode incomodar mulheres que pretendem ir à praia ou tomar um banho de piscina. “Já o anel vaginal pode aumentar o nível de secreção na região, mas geralmente é só no começo”, esclarece a especialista, que destaca ainda a importância de definir o método contraceptivo com ajuda do ginecologista.

2-Eu continuo protegida durante os dias de intervalo entre uma cartela e outra do anticoncepcional oral?

A especialista, que também recebe esse tipo de pergunta, confirma que os dias de intervalo entre as cartelas de anticoncepcional oral garantem a proteção da mulher contra a gravidez indesejada. “Mas é importante que ela tome a pílula todos os dias e no mesmo horário”, reforça. Caso contrário, Cátia sugere o uso de preservativo.

3-Quando devo começar a usar brinquedos eróticos?

“Não existe um momento definido para apimentar a relação com brinquedos”, explica a coach. No entanto, Cátia deixa claro que é importante esperar que o casal se conheça bem, com alguns meses de relacionamento, antes de começar a utilizar produtos de sex shop. “Não vale querer já utilizar próteses ou itens muito complexos. É melhor começar aos poucos, com um gel ou anel peniano, por exemplo”, explica. Assim, Cátia confirma que é importante que a mulher utilize a palavra-chave “juntos” sempre que for sugerir um produto. “E nada de transformar em rotina: uma vez por mês é uma ótima frequência para usar brinquedinhos”, completa.

4-Posso sentir orgasmos diferentes?

Sim. Cátia explica que existem diversos tipos de orgasmo. O mais comum é o clitoriano, sentido quando o clitóris é estimulado, enquanto o orgasmo vaginal é dado pelo estímulo por penetração. A especialista destaca ainda o orgasmo simultâneo, que é muito difícil por exigir que o parceiro sinta orgasmo ao mesmo tempo durante a relação, e os orgasmos múltiplos. “Primeiro, precisa acabar com esse mito de que o casal tem que sentir orgasmo juntos, pois o importante é ter orgasmo, independente da hora”, brinca. “Depois, é importante lembrar que os orgasmos múltiplos são menos comuns e podem ser mais fáceis de alcançar por mulheres que praticam o Pompoarismo”, completa.

5-Como posso me soltar na cama?

Segundo a coach de relacionamento, o grande motivo para as mulheres que se sentem inseguras durante o sexo está na preocupação excessiva com tudo o que está ao redor. “Repare que o homem está sempre presente para o sexo: o mundo pode acabar, que ele está lá, prestando atenção no momento”, destaca. O segredo é que a mulher se preocupe menos com celulite, gordurinhas e outras coisas e foque no momento a dois”, conta.

6-Ejaculação feminina é o mesmo que orgasmo?

Cátia conta que recebe muitas perguntas sobre a ejaculação feminina. A especialista destaca que se trata de um fenômeno raro, e bem diferente da sensação de orgasmo. “A ejaculação feminina ocorre somente em algumas mulheres que têm uma glândula produtora da lubrificação que só libera o líquido no momento do orgasmo”, explica. O grande mito que muita gente tem é achar que essa ejaculação permite um prazer maior à mulher “Isso não é verdade. Preocupe-se em ter o orgasmo, somente”, aconselha.

7-É normal não ter vontade de transar?

Segundo a especialista, algumas mulheres acreditam ser frígidas porque não sentem vontade de fazer sexo. Cátia explica que, apesar de existir um transtorno chamado pelos especialistas de “transtorno de excitação sexual feminino”, é preciso olhar com cuidado para tudo o que pode englobar a falta de desejo, de ter excitação, ou de alcançar o orgasmo. “Muitas vezes, pode ser um problema fisiológico de lubrificação, ou então problemas pessoais que geram estresse e impedem a mulher de sentir desejo”, explica. Caso isso não se enquadre, a especialista sugere procurar um profissional capaz de resolver este problema. “Geralmente um médico, um sexólogo ou um psicólogo podem ajudar nesta questão”, explica.

8-Como fazer a higiene íntima?

Cátia explica que existem cuidados importantes para manter a vagina limpa e, o que é mais importante, saudável. “Muitas mulheres se esquecem de limpar a região externa da vagina e podem ter até problemas de saúde por causa disso”, alerta a especialista. O ideal, segundo ela, é utilizar sabonete íntimo, que tem um pH adequado para a região, e passar os dedos de forma a limpar entre os grandes lábios e pequenos lábios, e puxar a pele do clitóris para deixar a região limpa. “Na hora de se enxugar, passe bem a toalha para impedir que ela fique úmida”, alerta a especialista.

9-Meu marido se masturba: ele não me ama?

Por fim, Cátia tenta acabar com o ciúme ou insegurança das mulheres que descobrem que o parceiro se masturba. “Os homens lidam com o sexo de forma diferente e se estimulam muito mais pelo visual. Então não se preocupe caso ele goste de usar as próprias mãos de vez em quando”, sugere. A especialista conta que isso só se torna um problema patológico quando o homem deixa de cumprir compromissos para fazer isso.

Evento

Para sanar essas e outras dúvidas, a especialista realiza até o dia 13 de outubro o evento online e gratuito Semana da Mulher Bem Resolvida, que em sua última edição contou com a participação de mais de 200 mil mulheres. Este é o maior evento online voltado para as mulheres.

Para conferir os vídeos de debates variados, basta se inscrever pelo site  e aproveitar os conteúdos: www.semanadamulherbemresolvida.com.br.

O projeto foi criado por Cátia para oferecer transformações ainda maiores ao seu público. “Quero ajudar a desenvolver a vida das mulheres através do autoconhecimento, da sexualidade, sensualidade e autoestima, de forma que elas possam construir relacionamentos duradouros nas mais diversas áreas da vida”, detalha, reforçando o sonho de fazer com que mais mulheres possam viver a transformação que ela viveu, mas com menos obstáculos e mais rapidez.

 

Cátia Damasceno, especialista em sexualidade e coach de relacionamentos,

e criadora do movimento de Mulheres Bem Resolvidas

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