NEM DIREITA, NEM ESQUERDA

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07/06/2020

Por Clóvis Dragone –

NEM DIREITA, NEM DE ESQUERDA

Nas últimas eleições fiz uma mistura eleitoral entre partidos e perfis de políticos – Nunca votei em partido. Misturei, pasmem, PT e o PSL o então partido do Presidente da República. “Mas como? Você é doido, Clóvis?” Perguntaram-me. Não. Simplesmente analiso o que pode ser melhor para o objetivo de todos, respondi.

Para comandar a Bahia, repeti o meu voto ao dar ao governador Rui Costa mais um mandato por entender que ele poderia continuar a fazer o bom trabalho que realizava até aquele momento. Sempre que eu ouvia ou lia algum comentário nas redes sociais do tipo “Rui Correria é uma lesma, não faz nada” eu o defendia como se estivesse defendendo o meu voto: “só o cego por opção que não vê o que Rui tem feito pela Bahia”, eu dizia. E olha que foi uma “correria” mesmo a atuação de Rui! O cara trabalhou, viu…

Pegou o metrô fantasma do ex-prefeito João Henrique, com meia dúzia de quilômetros que se arrastava por 14 anos, desde a época do também ex-prefeito Antônio Imbassahy e transformou, em apenas dois anos, no terceiro sistema metroviário do país, um dos mais modernos do mundo, com 30Km de extensão. Orgulho para o povo soteropolitano: em menos de seis meses de o sistema estar liberado para a população, os trens já circulavam cheios. Mais dois anos e tivemos a segunda linha que vai da Rótula do Abacaxi ao Aeroporto, facilitando a vida de milhares de usuários do sistema, residentes em Salvador e em Lauro de Freitas.

Além do metrô, incontáveis obras foram feitas em toda a Bahia, entre elas cerca de cinco mil quilômetros de estradas pavimentas e recuperadas, escolas; o Hospital da Mulher, em Salvador… Rui Correria correu e muito. Até antes do último Carnaval ele estava bem na fita, mas…

…E a pandemia chegou e tudo mudou, era preciso correr atrás do prejuízo, pois o próprio governador, de forma irresponsável, eu diria mais, criminosa, não valorizou e desrespeitou o decreto do Governo Federal para o “Estado de Emergência” que alertava para a possibilidade da contaminação pelo COVID-19 de toda a população por conta da realização do Carnaval.

O Palácio do Planalto pedia que não realizassem as festas carnavalescas. E teve prefeitura, como a de Porto Seguro comandada pela prefeita Cláudia Oliveira, que mesmo assim fez o carnaval fora de época uma semana depois da festa oficial de Momo que acabara de acontecer na capital baiana, assim como aconteceu em diversas outras cidades brasileiras, inclusive no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, que deixaram, desde então, centenas de pessoas contaminadas assintomaticamente: foi um crime flagrante de responsabilidade, tanto do governador do Estado da Bahia, quanto do prefeito da capital, ACM Neto que, mais irresponsável e criminalmente decretou mais de 10 dias de carnaval na primeira capital do Brasil: Neto tinha o poder de cancelar a festa, mas preferiu realiza-la mesmo sabendo da pandemia que se aproximava. Recentemente o vereador e ex-prefeito Edvaldo Brito creditou ao Presidente Bolsonaro, que absolutamente nada tem a ver com isso – Vale salientar que também votei em Neto, que é presidente do Democratas – DEM, em todos os pleitos para deputado federal e para o seu segundo mandato à frente do executivo soteropolitano: nas eleições em que ele foi eleito pela primeira vez como prefeito de Salvador, eu votei no petista Nelson Pelegrino.

Mas retornando ao meu voto nas últimas eleições, no mesmo momento em que votei mais uma vez no governador Rui Costa do Partido dos Trabalhadores, em Jacques Wagner para o Senado, no qual havia votado por duas vezes para governador, e em Jorge Solla, que também votei por duas vezes para a Câmara dos Deputados, ambos do PT, votei para Presidente da República no deputado federal Jair Messias Bolsonaro, não por ele propriamente dito, piorou por seu partido que, aliás, antes da companha nas redes sociais, confesso, não conhecia o deputado, apenas o vi pela TV no fatídico dia da votação do “golpe” do então PMDB do vice-presidente golpista Michel Temer contra a Presidente Dilma Rousseff, e nem o seu partido, o PSL, eu tinha ouvido falar. Contudo, durante a campanha política e o compartilhamento de suas propostas através das redes sociais, a cada dia se confundiam com o meu desejo, com o desejo da maioria do povo brasileiro, que era acabar com a corrupção no Brasil: Bolsonaro foi um grito contra a corrupção.

Agora não vou desistir: estarei com o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, até o último dia do seu mandato e em sua reeleição, se for o caso, ou se antes provarem que o mesmo cometeu algum crime que possa, no mínimo, destituí-lo moralmente da Presidência da República, fato que não aconteceu. Também não creditarei a ele crimes de responsabilidade por ações de outrem; dos seus filhos, parentes, amigos, nomeados a cargos públicos ou agregados. Para mim o seu governo está dentro das normas pré-estabelecidas durante a sua campanha.

Infelizmente para se governar nesse país é preciso, de alguma forma, sucumbir às armadilhas e bandidagens feitas pelas raposas da política brasileira acostumadas com a corrupção e o “toma-lá-dá-cá”, senão é, de fato, impossível de governar. Jair Bolsonaro está resistindo com muita coragem e valentia a tudo isso; no entanto vai ter que ceder à força da maldição como estratégia para que possa alcançar os seus objetivos e do povo brasileiro, que é acabar com a corrupção no Brasil, e essa é a nossa esperança, motivo pelo qual lhe dei meu voto e não me arrependo.

Não vou me prolongar em relatar todas as realizações do Governo Federal até aqui, “só o cego por opção que não vê o que Bolsonaro tem feito pelo Brasil”.

Clóvis Dragone é jornalista – DRT-BA 2622 –

Editor da Revista EXCLUSIVA e do site EXCLUSIVA ONLINE

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