Sambad’Afro com “H” maiúsculo!

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30/03/2023

Sambad’Afro com “H” maiúsculo!

se você procurar na Wikipédia vai descobrir que estão dizendo por aí que a origem do Samba é do Rio de Janeiro. Puro “H”, como se diz por aqui!. Quem escreveu o artigo com certeza não foi para o “Sambad’Afro” que reuniu o Afrosambah e o grupo Samba de Nêgo no Largo Quincas Berro d’Água, no final de tarde de domingo (26/03/2023), caso contrário já teria corrigido. Do empático Samba de Nego ao luxuoso Afrosambah, o Sambad’Afro foi um festival de pagode, samba de roda, samba reggae, canção e partido alto, mostrando a força, a criatividade e a versatilidade deste fenômeno cultural que nasceu na Bahia. Bahia com “H”.

O Samba de Nego abriu o Sambad’Afro dançando miudinho pra conquistar o público, com sua interpretação de “Bombocado”. Criado em 2015, em Salvador, o grupo vem arregimentando uma legião de fãs com o jeitão autêntico, moleque, de suas apresentações. Também pudera, mais que uma banda, o Samba de Nego é um bando de amigos que já gostam de um pagode e resolveram levar para o palco aquilo que sempre fizeram por prazer. E eles sabem levantar a galera das cadeiras pra fazer a brincadeira no meio da praça.

Da sentimental “Bateu Saudade”, do Sorriso Maroto, para a explosiva “A Massa”, de Raimundo Sodré, o Samba de Nego leva em um instante. E por mais que o guarda civil não queira, o grupo tasca Marinheiro Só, de Caetano Veloso, pra passar diploma de soteropolitano para os turistas. “Eu sou da Bahia, de São Salvador!”. Bem que a cariocada gostou de como ficou “Coração em Desalinho”, do Zeca Pagodinho, nas mãos baianas do Samba de Nego. E foi assim que o Samba de Nego terminou o show. Com o público em suas mãos!

Dizem que a letra “H” é uma das mais bonitas do alfabeto, mas que não tem som de nada, no máximo um chiado. Mas se você pegar esse “H” e colocar no final da palavra Afrosamba, vai conhecer uma das melhores bandas percussivas do país. No Afrosambah não tem percussionista de “H”, que fica balançando as mãos pra fazer bonito nas fotos. A bateria pesada do samba reggae e a swingueira dos atabaques e timbaus se harmonizam em qualquer releitura musical, como uma assinatura própria. Bira do Afrosambah sabe das coisas!

Bira começa com “Cravo e Canela”, um samba reggae tipo “sedução”, e depois sobe o tom em homenagem a Gilberto Gil, com “Palco”, pros que prezam o louco bumbu do tambor. Depois arremata a plateia com A Flor do Desejo, de Pepeu Gomes. Nem precisa dizer que todo mundo já estava de pé, balançando as mãos pra cima, com “Rosa”, de Bira e Pierre Onassis. Ainda é Verão, amor! E Bira coloca todo mundo pra entrar no clima em “Tem que suar”. E se vai balançar, se segure pra que não caia em Jubiabá, de Gerônimo, porque depois vem a participação especial de Hilda Furacão, também com “H”, dançando em Protesto Olodum. Aí a galera vai ao delírio com o Afrosambah!… com “H” maiúsculo no final.

O PROJETO Sambad’afro, com Afrosambah e Samba de Nego, conta com o Apoio da Sufotur e faz parte da programação do Projeto Pelô da Bahia, que integra a estrutura do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na promoção da diversidade cultural, de forma acessível ou gratuita, nos espaços culturais do Pelourinho.

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