Farol da Barra terá bicicletário com 44 vagas a partir de sábado (3)

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28/09/2015

O local vai abrigar um bicicletário funcionando em um contêiner de 15 metros de comprimento.

O montador ainda não sabe, mas vai ganhar alternativas seguras para estacionar sua bike. No próximo sábado (3), Salvador vai receber a Estação Bike Farol da Barra. O local vai abrigar um bicicletário – conjunto de paraciclos em um local fechado – funcionando em um contêiner de 15 metros de comprimento. Conceito pioneiro no Brasil, os ciclistas poderão guardar suas bikes em um local seguro, com 44 vagas distribuídas em dois andares.

A iniciativa, cujo orçamento ainda não foi divulgado pela Saltur, é uma parceria do banco Itaú com a prefeitura. O bicicletário foi desenvolvido e será operado pela Compartibike, empresa especializada em soluções sustentáveis de mobilidade urbana que atua no mercado desde 2010.
O horário de funcionamento será entre 6h e 0h, bem ao lado do Farol da Barra. Para se cadastrar, será necessária a apresentação de documento com foto, número do CPF e estar com a bicicleta presente para registro com foto.

Pernoite
Cada usuário pode guardar, em seu cadastro, até três bicicletas, que podem pernoitar até 72h no local. Esgotado o tempo, as bikes serão levadas para um galpão. De acordo com a assessoria da Empresa Salvador Turismo (Saltur), responsável pelo projeto, o local do galpão e o valor da multa pelo excesso ainda não foram definidos.

De acordo com Isaac Edington, presidente da Saltur, o objetivo do projeto é “facilitar a vida dos usuários de bicicleta para que cada vez mais pessoas deixem de utilizar o carro”. Segundo ele, “existe uma pressão social para o uso do carro nesse local, e esta é mais uma alternativa de locomoção”.

O projeto deve resolver o problema do auxiliar de serviços gerais Luciano da Conceição, 33. “Gosto de ir pra praia de bicicleta mas só posso ir pra do Cantagalo porque é onde tenho um colega, dono de um bar, que fica olhando a bike enquanto dou um mergulho”, relatou o ciclista.

Se houvesse um lugar para guardar sua bicicleta em outras praias da capital, Luciano poderia diversificar os passeios. “Se tivesse como deixar minha bicicleta na Barra, por exemplo, eu iria mais pra lá, que é uma praia que eu gosto muito”, comentou.

De acordo com o presidente da Saltur, outro bicicletário está em fase de estudo e tem grandes chances de ser instalado na Ribeira, próximo ao terminal marítimo e o fim de linha dos ônibus.

Ampliação
A instalação do bicicletário na Barra faz parte das comemorações referentes aos dois anos do Movimento Salvador Vai de Bike (MSVB).  Segundo Edington, a cidade é a quinta capital brasileira a implantar o sistema de bicicletas compartilhadas e uma série de medidas continuam sendo tomadas para ampliar a infraestrutura cicloviária e criar oportunidades de desenvolver a cultura da bike na população.

Outra novidade anunciada pela prefeitura é a ampliação das quilometragens das ciclofaixas de lazer da cidade, formando um total de 12,1 km dessas faixas para uso nos finais de semana e feriados.

Atualmente, são três ciclofaixas de lazer: uma entre o Parque da Cidade e a Otávio Mangabeira; outra entre o Pelourinho e o Campo Grande; e uma que é montada entre a Barra e a Ondina. Com a ampliação, a ciclofaixa que vem do Parque da Cidade se estenderá até a Avenida Magalhães Neto, chegando à Otávio Mangabeira e depois passando por toda a Avenida Paulo VI. A outra ampliação será da faixa que liga o Terreiro de Jesus e o Largo da Vitória.

Expectativa
Morador do Engenho Velho da Federação, o estudante Enzo Belmonte, 16, tem se preocupado com a questão da mobilidade na capital. “Andar de bicicleta é mais saudável e não polui o ar. Eu queria ir pra escola com ela, mas os motoristas não respeitam os ciclistas e faltam ciclovias e lugares para guardar a bicicleta”, lamenta. O cadeado comprado há 3 meses pelo estudante Anderson Paranhos, 23, nunca foi usado. “Não sei pra que comprei esse cadeado se nunca acho lugar para guardar minha bicicleta”, reclama o jovem.

Apesar da reclamação, Isaac Edington enxerga importantes avanços na discussão sobre o uso do meio de transporte. “Com o movimento (Salvador Vai de Bike), tiramos o ciclista da invisibilidade. A bicicleta se tornou uma pauta importante da cidade, e isto é muito bom. Hoje se fala no assunto e se cobra iniciativas”, afirma.

Segundo o presidente da Saltur, a questão da topografia também tem recebido uma atenção especial. “Quando começamos este trabalho, diziam que nunca daria certo porque a cidade tem muitas ladeiras. Hoje, colocamos elas (bicicletas) dentro do Elevador Lacerda e de planos inclinados, como o Gonçalves, Liberdade, Pilar e Subúrbio”, cita.

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Fonte:CorreioDaBahia

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