Morre, aos 62 anos, o ator Antônio Pompêo, no Rio de Janeiro

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06/01/2016

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) lamenta a morte do ator, diretor, artista plástico e militante do movimento negro Antônio Pompêo. Ele foi encontrado sem vida em casa, no bairro de Guaratiba, no Rio de Janeiro, e a causa da morte ainda não foi divulgada. O ator, que tinha 62 anos, tornou-se conhecido através de papéis marcantes como o de Zumbi, no filme “Quilombo” (1984), e por sua atuação em “Xica da Silva” (1976), ambos de Cacá Diegues, além de novelas como “Tenda dos milagres” (1985), da Rede Globo. A SecultBA transmite o seu pesar pelo acontecimento aos familiares e amigos.
 Combativo, o ator — nascido em 1953 na cidade de São José do Rio Pardo (SP) — sempre se posicionou contra o preconceito. Foi presidente do Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan) e diretor de Promoção, Estudos, Pesquisas e Divulgação da Cultura Afro-Brasileira da Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura. Foi um dos idealizadores do Projeto “A Cor da Cultura”, que se tornou material de apoio pedagógico em todo o território nacional para a formação de docentes e estudantes em História e Cultura afro-brasileiras. Na Bahia, Antônio Pompêo tinha um largo ciclo de amizade com pessoas e organizações ligadas ao campo da cultura, com destaque para os blocos afro, como o Olodum e o Ilê Aiyê.
 Entre o fim dos anos 70 e começo dos 80, fez diversos filmes e, a partir daí, dedicou-se mais a trabalhos na televisão, só voltando ao cinema 17 anos depois, em “O Xangô de Baker Street” (2001), de Miguel Faria Jr. O ator estreou na TV com “A moreninha” (1975), da Rede Globo. Seu último trabalho na televisão foi “Balacobaco”, da Rede Record, em 2012. Ele fez papéis marcantes em “O Rei do Gado”, “A viagem”, “Pecado capital”, “Mulheres de areia”, “A casa das sete mulheres”, “Pedra sobre pedra” e “Fera ferida”.

 

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