Salvador se torna casa da sétima arte no Brasil com Festival de cinema

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22/10/2015

Entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro, Salvador vai se tornar a casa do cinema no Brasil. É quando acontece o XI Panorama Internacional Coisa de Cinema, festival que coloca Salvador na rota dos principais festivais de cinema do país. Criado pelo diretor Cláudio Marques, o Panorama nasceu numa época em que Marques escrevia críticas de cinema e viajava pelo país acompanhando festivais, assistindo a filmes e vendo os lançamentos, tanto de filmes nacionais como estrangeiros. Após observar que muitos dos filmes não chegavam a ser exibidos em Salvador, porque a cidade tinha um déficit de salas de cinema, o diretor resolveu criar o festival. “Tinha o desejo de trazer para cá os filmes que eu via nos festivais e amava”, conta, lembrando-se dos primeiros passos do Panorama.

Em 2002, ano da primeira edição do festival, Salvador contava com pouco mais de 20 salas de cinema, sendo 18 delas dentro de três shoppings da cidade. Nessa época, Cláudio começou a reforma do antigo Cine Guarani, que depois veio a se tornar Glauber Rocha, em homenagem ao diretor baiano. O primeiro Panorama foi ainda nas ruínas do antigo prédio que, hoje, faz parte da rede Espaço Itaú de Cinemas, como recorda o cineasta Daniel Lisboa. “Lembro quando o Cláudio fez uma sessão nas ruínas, logo quando ele conseguiu a permissão para restaurar, a céu aberto com projeção no paredão”, conta o diretor baiano que este ano participa do festival, competindo com seu primeiro longa.

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A 11ª edição do Panorama acontece em um momento de dificuldades para o cinema na Bahia, que não teve editais de fomento para a produção audiovisual em 2015. Mesmo com problemas a Bahia ainda assim estrela duas produções no Panorama: “Travessia”, de João Gabriel, e “TROPYKAOS”, de Daniel Lisboa. O filme de João Gabriel conta a história de Roberto (Chico Diaz), um homem solitário, que tem uma relação conturbada com seu filho único, Júlio, interpretado por Caio Castro. Já o longa de Lisboa mostra um poeta que tenta fugir de uma doença, a “ultraviolência solar” e participa da mostra competitiva nacional.

Além dos filmes baianos, o festival vai homenagear o centenário de um dos mais importantes nomes da sétima arte na Bahia, Walter da Silveira. Ideias do crítico ajudaram a geração de cineastas que revolucionaram o cinema nacional com o Cinema Novo, na década de 1950. O Panorama vai exibir uma sessão especial com o filme “O Garoto”, de Charles Chaplin, em homenagem ao Clube de Cinema da Bahia, fundado por Walter, que ocupava o Cine Guarani. A obra de Chaplin foi a última crítica feita por Walter da Silveira antes de morrer.

O XI Panorama Internacional Coisa de Cinema acontece simultaneamente em Salvador e Cachoeira entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro. As sessões em Salvador serão no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha e custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Na cidade do Recôncavo as sessões acontecerão no Cine Theatro Cachoeirano e as exibições são gratuitas.

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Fonte:BahiaNoticias

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