Aviões agora são controlados por tecnologia nacional

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14/09/2009

 

 

Em meados de 2000, o Comando da Aeronáutica do Brasil decidiu iniciar um programa de modernização dos controles de tráfegos aéreos. A idéia sempre foi a de otimizar as atividades deixando-as mais seguras.

Para quem não sabe, além dos radares e das torres de controle dos aeroportos, o avião que se aproxima de um aeroporto é também controlado por um – Centro de Controle de Área – ACC. Para cada um dos ACC, exceto o Atlântico, existe um órgão de Defesa Aérea conjugado, formando assim os CINDACTAS I, II, III e IV. Nomes que começamos a ouvir há pouco tempo, por conta dos acidentes que ocorreram no espaço aéreo brasileiro. Além dos ACC que verificam o tráfego de aeronaves em rotas aéreas, existem os APP que são responsáveis por controlar o tráfego de aeronaves nas fases de aproximação para pouso e decolagem de um aeroporto.

O APP de Salvador foi totalmente modernizado com tecnologia nacional no inicio do mês de setembro. A atualização desses centros consiste no uso de tecnologia de última geração que vem sendo desenvolvida pela ATECH, que tem o domínio do ciclo de conhecimento dessa tecnologia e atua na modernização do gerenciamento do espaço aéreo brasileiro civil e militar. A empresa está entre as dez especialistas no assunto no mundo.

Mais interessante para nós que estamos em um avião como passageiros é saber que dentro dos APP, os aviões são chamados de “alvos”. Segundo o sargento André Rocha, controlador de vôo, o espaço aéreo também deve ser controlado para aumentar a segurança e a fluidez do tráfego. No ACC, os aviões recebem na tela de controle uma etiqueta de identificação que mostra a procedência e as informações do voo. Além dos “alvos”, na tela dos APP aparecem pontos que não são identificados, que podem ser navios (que de tão grandes são vistos pelos radares), formações de nuvens, rastros de velocidade, enfim, que poderiam ser um OVNI, mas não são.

Além dos “alvos falsos” há também aviões que não respondem as torres de controle e às vezes, para evitar fazer o plano de vôo, voam baixo para não serem identificados pelo radar, mas não adianta, eles enxergam tudo e se não houver resposta prontamente os caças da Aeronáutica são chamados para voar lado a lado dos “intrusos” (principalmente aeronaves de pequeno porte ligada ao tráfico de drogas), caso não haja comunicação, a ordem é derrubar, e derrubam mesmo.

Há mais de 26 anos, o Brasil segue na vanguarda da tecnologia para o controle e defesa do tráfego aéreo e integra o Grupo 1 da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que define os países com melhor nível de segurança de voo.

Curiosidades: Salvador tem somente quatro helicópteros. Os APP já sabem direitinho quando os jatinhos particulares das estrelas baianas como Ivete Sangalo e Cláudia Leitte sobem aos céus; e da próxima vez que estiveres em um avião lembre-se, todos somos “alvos”.

Nas fotos vários controladores de voo e responsáveis pelo APP – Salvador, o comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador – DTCEA, major Roberto Barros de Oliveira, assim como a diretoria da ATECH, Delfim Ossamu – diretor adjunto José Cláudio Manesco – diretor de Articulação e Comunicação, que apresentaram à imprensa baiana os novos equipamentos do APP no Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador.

 

 

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